Prefeito do Rio de Janeiro explica proibição de show de Bruno Mars na cidade

A administração municipal da cidade suspendeu os shows do artistas nos dias 4 e 5 de outubro

Escrito por Redação ,
Bruno Mars
Legenda: Eduardo Paes suspendeu os shows de Bruno Mars marcados para os dias 4 e 5 de outubro no Rio
Foto: Reprodução/Instagram

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, gravou um vídeo para o Instagram, nesta quinta-feira (9), justificando a decisão de suspender os shows de Bruno Mars na cidade nos dias 4 e 5 de outubro. O motivo é a proximidade com as eleições, marcadas para 6 de outubro.

“O Rio de Janeiro tem todo o prazer, potencial e vocação para receber grandes eventos. É bom para a cidade, para a economia, para a população, para os trabalhadores e para os empresários. Todo mundo sabe que sou o primeiro a fazer questão de estimular, dar apoio e toda a força para que esses eventos aconteçam. Agora, vocês vão me desculpar a expressão, mas aqui não é casa da mãe Joana, não é terra de ninguém. O Rio tem ordem, governo, governante, e o principal, tem responsabilidade com a população”, iniciou ele.

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“Quando eu comuniquei aos produtores do show do Bruno Mars que não poderíamos receber o show na data que foi apresentada, deixei claro que era devido à eleição, onde o contingente de segurança estava todo comprometido. A eleição é no domingo. Mas, como todo mundo sabe, o transporte das urnas começa dias antes”.

Paes explicou no vídeo os ajustes no esquema de segurança da cidade durante o período eleitoral. "As escalas de serviço da guarda municipal e da polícia militar são alteradas porque a gente precisa de um contingente maior de segurança no domingo, mais agentes fiscalizando as zonas eleitorais antes e depois das eleições. A gente tem uma prioridade, que é assegurar que a população do Rio de Janeiro tenha toda a segurança para exercer seu direito democrático do voto". 

“Mas, pelo visto, esses produtores se acharam mais importantes que o povo do Rio, ou não entenderam. Mais importantes que os guardas, que os policiais e todos os servidores públicos que garantem o processo eleitoral e decidiram bater de frente com o poder público achando que a gente ia abaixar a cabeça e acatar uma decisão arbitrária e abusiva de ir contra uma determinação oficial. Aqui não vai rolar isso. Aqui a gente gosta de festa, celebrar a vida, zoar, receber artistas, mas aqui tem ordem e respeito à lei”.

 "O aviso está dado", diz Paes

Ele também reforçou que pretende manter sua decisão. “Portanto, o aviso está dado. Na antevéspera, na semana da eleição, dadas as condições, é impossível garantir que dezenas de milhares de pessoas se desloquem à noite e de madrugada até o Engenhão com esquema de segurança e ordenamento urbano adequados devido ao processo eleitoral que acontece a partir da manhã de domingo, poucas horas após o show. Não precisa ser nenhum gênio para compreender isso”.

A produtora Live Nation disse em nota que vem trabalhando “em colaboração com o gabinete do prefeito do Rio de Janeiro para encontrar uma solução para os fãs” após o cancelamento dos shows do artista.